Você está caminhando apressadamente pela rua e pensando em várias preocupações financeiras que não sabe ainda como resolver e então se depara com pessoas paradas nas calçadas oferecendo empréstimos de forma facilitada e sem burocracia ou mesmo se depara com cartazes onde são oferecidos empréstimos no cartão de crédito de forma facilitada utilizando o limite pessoal. Tentador, não é?

Este artigo tem o objetivo de alertar a todos sobre uma prática financeira preocupante, conhecida como "nova agiotagem". Neste tipo de empréstimo pessoal, a garantia de pagamento é feita através do cartão de crédito, o que resulta em juros abusivos e cobrança de taxas não regulamentadas. É fundamental que todos estejam atentos a essa questão, pois muitas pessoas têm caído nesse golpe sem sequer compreender o que estão contratando.

Nos últimos meses, o Procon-PE fechou oito financeiras que realizavam empréstimos consignados irregulares no Recife. Essas empresas ofereciam empréstimos com parcelas e juros abusivos, sem fornecer aos clientes as informações necessárias para tomar decisões conscientes. Essa prática é considerada crime contra a economia popular e pode ser enquadrada como agiotagem eletrônica.

Como funciona?

Para atrair clientes, essas empresas contavam com "pastinhas" que abordavam as pessoas nas ruas, oferecendo empréstimos aparentemente vantajosos. Os empréstimos ofertados dependiam do cartão de crédito dos clientes, e as parcelas eram estabelecidas com juros altíssimos. Infelizmente, muitas pessoas, inclusive idosos, foram vítimas desse golpe, comprometendo seus orçamentos e enfrentando dificuldades financeiras.

Nesse cenário, é importante compreender que esse tipo de esquema não é permitido pelo Banco Central e configura crime contra a economia popular e as instituições financeiras. A utilização de cartão de crédito para realização de empréstimos, conhecida como agiotagem eletrônica, tem sido uma prática crescente, com a simulação de venda de produtos ou serviços, dificultando a investigação policial acerca do crime.

Além disso, a agiotagem eletrônica implica em não recolher os devidos tributos, tornando-se uma atividade ilegal. Os juros cobrados chegam a patamares alarmantes, chegando a alcançar até 30% ao mês, o que é totalmente abusivo e prejudicial aos consumidores.

Empréstimo no cartão de crédito:

Além das práticas de "nova agiotagem" já mencionadas anteriormente, é crucial alertá-los sobre outra modalidade perigosa que tem ganhado força nos últimos anos: a agiotagem eletrônica através da simulação de compra no cartão de crédito. Nessa situação, a vítima recebe uma quantia e parcela a dívida como se estivesse realizando uma compra de produto ou serviço, dificultando assim a identificação da fraude pelas autoridades e se difere da citada anteriormente pois é ofertada até por pessoas físicas, bastando possuir uma máquina de cartão de crédito.

Essa prática ilegal configura um crime contra a economia popular e prejudica as instituições financeiras. O principal problema reside no fato de que a atividade não é autorizada pelo Banco Central, o que significa que os devidos tributos não são recolhidos. Além disso, a incidência de juros excessivos é alarmante, com o agiota cobrando um percentual da máquina e comissões para obter lucro, resultando em juros abusivos que, em alguns casos, podem alcançar assustadores 30% ao mês.

Como forma de atrair as vítimas, cartazes com telefones de financeiras que oferecem esses empréstimos no cartão de crédito têm sido espalhados pelas ruas, anunciando a facilidade de parcelamento em até 12 vezes, além da promessa de dinheiro na hora via Pix. Infelizmente, muitas pessoas caem nessa armadilha sem perceber as consequências financeiras devastadoras que enfrentarão posteriormente.

Ao se deparar com esse tipo de anúncio, é crucial que nossos clientes se mantenham alertas e atentos aos seguintes pontos:

1. Investigue a empresa: Antes de entrar em contato ou aceitar qualquer oferta, pesquise sobre a empresa anunciante. Verifique sua credibilidade e se ela é uma instituição financeira devidamente autorizada.

2. Compreenda a oferta: Leia atentamente todos os detalhes da oferta. Entenda os juros, taxas e encargos envolvidos no empréstimo. Desconfie de propostas muito vantajosas, pois podem esconder armadilhas.

3. Busque informações: Em caso de dúvidas, busque informações junto ao Procon ou outros órgãos de defesa do consumidor. Eles podem auxiliá-lo a identificar práticas irregulares.

4. Evite decisões impulsivas: Não se sinta pressionado a tomar uma decisão rápida. Tire o tempo necessário para avaliar a proposta e seus impactos no orçamento.

5. Denuncie irregularidades: Se você ou alguém que conhece foi vítima de agiotagem eletrônica ou identificou a oferta de empréstimos fraudulentos, denuncie ao Procon ou às autoridades competentes. Essa atitude é fundamental para coibir essas práticas ilegais.

A nova agiotagem e a agiotagem eletrônica são práticas ilegais e prejudiciais, e estou aqui para auxiliá-los na tomada de decisões conscientes e seguras em relação a empréstimos.

Contem comigo para esclarecer quaisquer dúvidas e evitar que caiam em golpes financeiros. Seu bem-estar e proteção estão em primeiro lugar.

Deixe seu Comentário